
Hoje, 08 de março, é o Dia Internacional da Mulher!
A 08 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher, mas numa altura em que os Direitos da Mulher parecem ter mais relevância que nunca, muitos ainda se perguntam: porque é que ainda se celebra este dia?
O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos.
É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram, e continuam a ajudar, a redefinir a história, local e globalmente.
Nascido no virar do século XIX, este dia começou por estar interligado com os movimentos trabalhistas da Europa e da América do Norte. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro de 1909, em honra da greve dos trabalhadores têxteis nova-iorquinos, em 1908.
Posteriormente, o movimento das mulheres rapidamente assumiu uma postura global, sendo atualmente celebrado em quase todo o mundo.
Mas porque é que ainda se comemora este dia?
Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.
A mudança efetiva tem-se mostrado difícil e lenta, para a maior parte das mulheres e raparigas do mundo.
Muitos têm sido os obstáculos que permanecem inalterados na lei e na cultura de muitos países. As mulheres continuam a ser desvalorizadas, algo que se traduz, entre outras coisas, nos seus salários: de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente, as mulheres continuam a ganhar menos 23% que os homens.
Mais graves, ainda, são os números relativos à violência sexual contra as mulheres: uma em cada três mulheres já sofreu algum tipo de violência física ou sexual, e mais de 200 milhões de mulheres e raparigas foram vítimas de mutilação genital.
No que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.
Apesar das mulheres serem iguais aos homens perante a lei portuguesa, as estatísticas mostram que, em 2022, as mulheres receberam menos 17,2% que os homens.
E, em termos de violência, os números não são muito animadores: em 2022, no total dos trimestres, foram registados 28 casos, mais cinco do que em 2021. Dos 28 homicídios, 24 incidiram sobre mulheres e quatro sobre crianças.
É, por isso, importante mobilizar a ação global para, juntos, alcançarmos a igualdade de género e promovermos os direitos humanos de todas as mulheres e raparigas!